sábado, 25 de abril de 2009

Mal tratados

Hoje, eu e uma amiga minha (e colega de casa) decidi-mos, passadas muitas tentativas falhadas, ir correr.
Conhecemos o desconhecido, visto que não conhecemos a zona que rodeia a nossa própria casa, e, numa das ruelas pelas quais, já cansadas de correr decidimos andar, vimos ao longe 2 cães bebés e 1 adulto, todos eles quase na totalidade pretos. Achámos engraçado e decidimos chegar mais perto e vê-los.
Notámos que quanto mais os chamávamos e mais nos tentávamos aproximar deles, mais eles andavam para trás, principalmente a mãe, daí pensar que terá sido mal tratada.
Quanto já não estávamos tão distantes, a mãe e o Kenji (o bebé das patitas brancas) entraram pela porta do jardim duma casa, com aspecto de abandonada, e ficaram a observar-nos de lá de dentro. Por outro lado o Charles (com o peito branco) pareceu mais corajoso, mas de qualquer maneira nunca conseguimos tocar-lhe, esquivava-se sempre.
Estavam todos eles com aspecto magro.

Olhei para a minha amiga e decidimos vir a casa buscar alguma água e um recipiente para a colocar, e alguma comida de cão (que por acaso tínhamos do Casper, que é duma colega nossa e ela precisou que ele ficasse aqui uns tempos, e que decorrido tal, voltou para a casa dos pais dela).
Voltámos lá.

Ao longe vimos que a mãe estava deitada ao sol enquanto que o Kenji e o Charles estavam os dois a dormir enrolados um no outro.
Sentiram-nos a aproximar e foi então que entraram todos novamente para dentro do jardim da casa.
Agarrei no tapawer e coloquei-o no degrau de entrada para o jardim da casa e enchi-o com água.
O Charles foi logo beber um pouco quando me afastei, a mãe e o Kenji estavam no meio do jardim, este que mais parecia uma selva.
Agarrei na comida e coloquei-a perto da água ao mesmo tempo que eu e a Beta nos afastamos de maneira a perceberem que não lhes queríamos fazer mal.
O Charles como sempre, foi o mais corajoso e avançou logo, começando a comer.
Sentámos-nos e observámos o Charles.
A Beta olhou para o seu lado esquerdo e viu um cão bebé e chamou-me à atenção. Olhei e julguei ser o Kenji...
Mas qual Kenji qual quê!
Mal olhei para o Charles, o Kenji estava ao seu lado a comer.
Mais outro bebé!!
A Beta tentou ir buscá-lo para ele vir comer, mas ele desapareceu por entre um portão velho e enferrujado, que estava entreaberto e que nos deu para espreitar... Para além da vegetação intensa, tinha uma espécie de garagem, sem portas, cheia de "lixo" e com aspecto abandonado (mais uma vez).
Como não vimos mais o outro bebé voltamos para perto dos outros. A mãe já se tinha juntado a eles para a refeição decerta maneira que até rosnou ao Kenji e ao Charles.

Decidi-mos observar a casa de maneira a perceber se sempre vivia lá alguém ou não.
Vidros e persianas partidas, paredes em mau estado

Já se fazia tarde e decidi-mos vir embora.
Passámos por uma porta da casa e vários cães desataram a ladrar de lá de dentro.
Continuámos o nosso caminho e falámos sobre o assunto, intrigadas.

Será que os outros cães estariam lá dentro presos? Se ouviram o barulho da mãe e dos bebés a comer porque é que não saíram de dentro da casa e vieram comer?

Decidimos ir lá todos os dias ir ver como estão o Kenji, o Charles, a mãe e o outro bebé e levar-lhes alguma comida e água, e, acima de tudo tentar descobrir se alguém habita na casa.

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